23 de novembro de 2009


SOLIDÃO
Jenário de Fátima


Quando nos sentimos sós pela primeira vez,
Como é uma coisa nova e ainda não sentida,
A solidão não nos parece tão doída
Ao ponto de levar-nos a alguma insensatez.

Porém pelo passar, do oitavo, nono mês
Começa-se aflorar o cerne da ferida.
Se desenvolve a chama e vai tornado a vida,
Apenas um retrato de nossa pequenez.

O tempo então passa, e enquanto passa nós,
Nos acostumando a triste condição de sós,
Deixamo-nos levar e não reagimos mais.

Porém o que mais dói nesta cruel doença,
É quando já bem fraca a cabeça até pensa
Que tristeza e solidão são coisas naturais...

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