26 de novembro de 2009


COLO
Jenário de Fátima


O choro prolongado da criança
Me acorda. A noite é muito, muito fria.
Lá fora o vento bate, rodopia
Nas frestas da vidraça, que balança.

Aí faço uma viagem na lembrança,
A um tempo, que se noite assim havia,
Mamãe se levantava, me cobria,
Naquela sua forma doce e mansa.

Por que será que um dia nós crescemos?
Por que será que o tempo leva embora,
Momentos de ternura que tivemos?

Divago... Nos cobertores me enrolo.
Que bom!... Pois a criança não mais chora!
Eu só, que fico assim... Querendo colo.

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