22 de janeiro de 2010

DESPERDÍCIO
Jenário de Fátima


Como é doido tanto amor no peito.
Guardado a espera de que alguém o queira.
Preso, estocado pela vida inteira
Armazenado sem nenhum proveito.

Porque será que é sempre deste jeito?
Porque será que justo quem mais ama,
Quem tem o amor como uma ardente chama
Nunca usufrui o que é seu por direito?

Porque será que a vida não dá chances
A quem procura tão somente as cenas
D'algum amor igual ao dos romances?

Sei não... Só sei que isso tudo finda um dia,
Ao ver que amor assim existe apenas
Nas rimas que um poeta fantasia!

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