22 de novembro de 2009

DEVANEIO
Jenário de Fátima


Na fria madrugada uma criança chora.
Numa destas casas aqui da redondeza.
O choro me acorda, mas esta com certeza
Terá quem vir cuidá-la, sem muita demora.

Me ponho a imaginar... E pelo mundo afora?
Nas duras intempéries que a natureza
Vem castigando o mundo com extrema dureza
Quantas e quantas outras estarão lá fora?

Quantas estarão sem pão, sem proteção de um teto
Sem um afagar de mão ou uma voz de afeto,
Sem ter Pai nem Mãe, ao derredor, presente?

Nos devaneios e loucos pensamentos meus.
Por um momento só, quisera eu ser Deus
Só pra acolhe-las todas, em meu quarto quente.

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